Fotos, vídeos, notícias e muito mais do Aeroporto Leite Lopes (SBRP/RAO)- Ribeirão Preto- SP
Este blog não possui nenhuma ligação com as empresas aéreas e com a administração do Aeroporto!

por Fábio Passalacqua, Gabriel Aguiar e Guilherme Dotto

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Estatísticas de Setembro!


Voltamos com as publicações das estatísticas do Aeroporto Leite Lopes. O Daesp ficou alguns meses sem publicar. Confira como foi o mês de Setembro:

Movimento de Aeronaves:
Voo regular: 1.172
Voo não regular: 1.114
Toque e arremetida: 85
Total do mês: 2.371
Acumulado: 22.678

Comparando com Setembro de 2017, foram 553 aeronaves a menos.

Número de Passageiros:
Voo regular: 72.566
Voo não regular: 496
Trânsito: 1.536
Conexão: 1.743
Total do mês: 73.062
Acumulado: 663.022

Foram 4.990 passageiros a menos comparando com Setembro de 2017.

Carga:
Total do mês: 83.145 kg
Acumulado: 767.598 kg

Já em relação ao movimento de cargas, foram 11.815 kg a mais comparando com Setembro de 2017.

Fonte: DAESP

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Embraer E190-E2 realiza testes em Ribeirão Preto!


Dia 19 de Setembro o Embraer 190-E2 PR-ZFV pousou no Aeroporto Leite Lopes para Realizar uma série de testes. 
A aeronave é um protótipo e realizou testes com água na pista durante dois dias em RAO, uma vez que Gavião Peixoto, onde ocorrem a maioria dos testes de protótipos da Embraer, não tem grooving na pista.

Na sexta-feira dia 21 de setembro o avião decolou de volta para Gavião Peixoto. Confira o vídeo:

Conhecemos o hangar da Passaredo!


A Passaredo Linhas Aéreas tem Ribeirão Preto como sua sede e um de seus hubs de operações. Além disso, a empresa também conta com um centro de manutenção localizado no Aeroporto Leite Lopes.

Em 2004 quando a empresa retomou as suas operações, ela utilizava as aeronaves EMB-120 Brasília, fabricadas pela Embraer e era homologada para a execução dos checks de manutenção mais leves, os chamados Check’s A.


Com o passar do tempo e com o aumento da frota de aeronaves do mesmo modelo, se homologaram para o cumprimento dos checks de manutenção mais pesados, os chamados Check’s C. No ano de 2008, com a preparação para a chegada dos jatos Embraer modelo ERJ-145, a empresa ampliou seu centro de manutenção e construiu um novo hangar com aproximadamente 3700m2 de área interna, capaz de abrigar 4 aeronaves ERJ-145 ou 3 aeronaves ATR72-500 com as portas totalmente fechadas. Estrutura, significativamente maior que o hangar de manutenção utilizado anteriormente, onde a capacidade era para 4 aeronaves EMB-120 Brasilia, que, posteriormente,  ficou dedicado exclusivamente  ao atendimento da aviação executiva.


Com a devolução dos Embraer ERJ-145 e com a chegada dos primeiros ATR72-600s, o Centro de Manutenção passou também a ser homologado para realizar todas as manutenções de célula requeridas pelas aeronaves ATR42 e ATR72.
Durante a nossa visita ao hangar da Passaredo, o ATR72-500, prefixo PP-PTP, também conhecido como “Tuiuiu”, estava passando por Check C e o PR-PDJ "Andorinha" estava retirando o adesivo da Crystal.


Como funciona um Check C:
Mecânicos trabalhando no interior do PP-PTP sem os assentos.

Conversamos com Fábio Moreira, que é Supervisor de Manutenção da Passaredo e ele nos contou um pouco de como funciona o Check C. Segundo ele, este tipo de Check é uma revisão mais complexa da aeronave que ocorre a cada 5.000 horas de voo e em seus múltiplos como 10.000 horas, 15.000 horas e etc. Como exemplo, uma aeronave ATR 72, quando atingir 5.000 horas de voo desde nova, tem que cumprir seu primeiro Check 1C. Quando ela atinge 10.000 horas de voo, ela cumpre um Check 2C e também um Check 1C, uma vez que mais 5.000 horas foram voadas desde o seu último cumprimento. Com 15.000 horas de voo a aeronave cumpre um Check 3C e novamente o Check 1C. Com 20.000 horas de voo, ela cumprirá um Check 1C, um Check 2C e um Check 4C e assim consecutivamente.

Durante os Checks C, são revisados componentes da aeronave, lubrificação em alguns pontos críticos e trens de pouso, verificação de diversos sistemas, como o hidráulico, combustível, pneumático, elétrico e comando de voo entre muitos outros. Na parte interna da aeronave, são retirados todos os pisos, assentos, bins (compartimento para bagagens) e até mesmo o teto para verificar detalhadamente se não há corrosão ou trinca na parte estrutural da aeronave.

A duração de um Check C pode variar de 10 a 20 dias, dependendo do número de funcionários e quantidade de turnos de trabalho na aeronave. 
Após a conclusão do Check, a aeronave passa por diversos checks operacionais. Usualmente só se faz um voo de teste na aeronave se existiu durante a manutenção a substituição de alguma superfície de comando, motor ou demanda especifica.


Atualmente a Passaredo é homologada para realizar todos os checks de manutenção requeridos pelas aeronaves ATR, inclusive o check de 36 mil ciclos, o mais complexo deste modelo, além de todas as manutenções nas aeronaves  ERJ-145 e EMB-120 Brasilia. A Passaredo possui também certificação IOSA desde 2012 e Certificação Europeia EASA. São aproximadamente 120 funcionários trabalhando na área da manutenção da empresa.

Texto por Fábio Passalacqua e Guilherme Dotto (adaptação de Eric Cônsoli)
Fotos por Fábio Passalacqua e Guilherme Dotto
Agradecimentos à Bianca Vidolin, Carlos Ferreira, Eric Cônsoli e Fábio Moreira